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Cuidados com a Alimentação - O Fim das Infecções de Repetição (parte 1)

Atualizado: 20 de dez. de 2018


Dr. José Agop | Pediatra Antroposófico


A maior parte das famílias vem ao meu consultório em busca de uma solução definitiva para as Infecções das Vias Aéreas Superiores (IVAS), isso depois de seus filhos receberem antibióticos, cortisona e anti-inflamatórios mensalmente e, às vezes, de quinze em quinze dias.


As IVAS podem se apresentar diversas formas: gripe, rinite infecciosa, sinusite, adenoidite, amigdalite, faringite e laringite. Essas infecções são causa de desconforto, dor e podem levar a doenças dos pulmões.


Com a vivência e o conhecimento de Medicina Pediátrica Tradicional e da Medicina Antroposófica pude organizar um sistema que controla de forma muito eficaz esta situação, reduzindo muito a frequência, a intensidade e a duração dessas crises. São quatro cuidados:

- Alimentação

- Sono

- Atividade física

- Cuidados com as Vias Aéreas Superiores.


É claro que medicamentos antroposóficos e fitoterápicos ajudam muito, mas na maior parte das vezes só podem ser abordados individualmente.


Hoje vamos falar da Alimentação no controle das IVAS de repetição. As outras três ações serão abordadas a seguir.


Parte 1: ALIMENTAÇÃO

O fígado é um dos órgãos mais importantes da imunidade nas crianças. Partes cruciais das substâncias que formam os anticorpos e as células defensoras são feitas por ele. Se a alimentação exigir demais a atenção do fígado, menor e/ou mais lenta será a produção da imunidade contra as infecções.


Sabemos que o fígado tem maior poder para comandar a digestão de gorduras de manhã e no almoço. Por outro lado ele tem maior capacidade de produzir anticorpos, músculos, ossos e hormônios do meio da tarde até o meio da madrugada. Por isso é bom evitar ingerir alimentos gordurosos à noite, tais como: frituras, queijos amarelos, carnes gordurosas.


Outro alimento que na vivência clínica tenho visto atrapalhar a imunidade é o ovo em grande quantidade para menores de três anos de idade. Na verdade, não recomendo ovo abaixo de um ano de idade. Para as crianças de um a três anos de idade, permito 1 ovo (sempre orgânico) uma vez por semana, embora aos meus pacientes, que cuido desde o nascimento, só prescreva após três anos de idade.


Alimentos que contêm corantes e estabilizantes químicos bem como outros aditivos artificiais também podem atrapalhar a defesa contra doenças pois fazem o fígado trabalhar demais para conseguir depurá-los.


Sabemos desde o tempo dos nossos avós que alimentos gelados podem reduzir a defesa contra vírus e bactérias. Algumas crianças são mais sensíveis às temperaturas baixas que outras.


Outro alimento de suma importância no combate às infecções é a água. Quando a ingerimos em quantidade satisfatória, as secreções ficam mais fluidas dificultando a instalação e multiplicação de microorganismos.


Conclusão:

Em relação aos hábitos alimentares, para melhorar a defesa contra infecções, recomendo:

* Evitar alimentos gordurosos após as 15:00h, tais como: frituras, carnes gordurosas, queijos amarelos.

* Evitar ovos em menores de 1 ano. Não ingerir ovos mais que uma vez por semana em crianças de 1 a 3 anos de idade.

* Evitar excesso de alimentos aditivados artificialmente, tais como: balas, guloseimas, refrigerantes, embutidos, sucos artificiais, etc.

* Não ofertar alimentos gelados com muita frequência.

* Beber bastante água e sucos naturais.

Lembrem-se: as crianças de 0 a 7 anos de idade imitam a todo tempo os adultos, principalmente os pais. Daí a necessidade de darmos bons exemplos.

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