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Horas no celular e na TV afetam a visão, audição, tato, olfato e paladar de crianças e adolescentes


José Agop | Pediatra Antroposófico



Um novo estudo divulgado essa semana reforça o alerta aos pais e professores sobre o perigo no uso excessivo de celulares, tablets, computadores e TVs pelas crianças e adolescentes. A pesquisa apontou que muitas horas em frente às telas pode provocar a atrofia do córtex cerebral e trazer alterações na visão, audição, tato, olfato e paladar de crianças, adolescentes e adultos entre outros efeitos.


Os dados foram divulgados essa semana pelo National Institute of Health, a principal agência de saúde dos Estados Unidos. O estudo acompanhou 11 mil pacientes durante dez anos, em 21 cidades e teve um custo de 300 milhões de dólares.


Alguns destaques do estudo:


1. O uso constante de tela provoca atrofia do córtex cerebral, com possível diminuição da receptividade de informações sensoriais (visão, audição, tato, olfato, paladar), pois acabam menos estimulados durante o uso da tela do que em outras atividades.


2. Há sinais de aumento importante da velocidade da maturação cerebral relacionado ao uso de tela, ou seja, aceleração do processo de envelhecimento cerebral.


3. Durante o uso de mídias sociais, há evidências do aumento da liberação de dopamina, que é um neurotransmissor relacionado ao vício. Ou seja, há evidências (que serão melhor estudadas) de que pode viciar quimicamente, como uma droga.


4. Diminui o desempenho em testes de linguagem e matemática.


5. Crianças que aprendem a empilhar blocos e jogar em 2D (por exemplo Minecraft), ao contrário do que se pensava, não conseguem transferir estas habilidades para montar blocos em 3D. Ou seja, a habilidade serve apenas especificamente para o computador, não para a vida real.


6. Existe uma correlação que será melhor estudada (para saber se é uma relação de causa e consequência ou não) entre automutilação em meninas adolescentes e uso de redes sociais.


7. Adolescentes que usam redes sociais menos de 30 minutos ao dia apresentam menos sintomas depressivos e autodestrutivos do que os adolescentes que usam redes sociais por um tempo superior a este.


Fonte: CBSNEWS

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